Segundo
momento
Leitura
complementar
Distribuir uma folha contendo o texto II para interpretação oral e escrita. Conversar
com os alunos sobre o objetivo de cada texto.
Texto II
O TEAR TRADICIONAL
Em
muitos lugares do Brasil o tear manual se tornou peça de museu.
Em algumas casas, que
ainda desejam reter um pouco do passado tranquilo, mesmo com alguma dose de
saudosismo, a velha roca serve de enfeite.
As velhas tecelãs
Em alguns municípios de Goiás
podem-se ver velhas tecelãs confeccionando várias peças de tecidos, agora
valorizadas pelo turismo.
A
matéria empregada é o algodão. O algodão é colhido, depois descaroçado. Separam
os caroços das fibras. O resto das impurezas é retirado nas cardadeiras
(espécie de escova de aço).
A seguir tem início o trabalho feito
no fuso, na roca. O fio é enrolado em novelos nas caneleiras. Começa então o
trabalho no tear.
Receitas de pontos
No tear as tecelãs misturam os fios de variadas cores, executando
diversos pontos de acordo com a "receita de pontos", que no seu
linguajar simples denominam-se: xadrez, xadrezinho, xadrez lixo, xadrezão, xis,
em cruz, rosa, rosinha, esteira, esteirinha,
riscado, riscadinho, chumbadinho, olho de mosquito, olhinho, peninha,
galhinho, emparelhado, grão de areia. Os nomes são dados pelo mundo que as
rodeia.
Os tecidos
De
acordo com o tipo de ponto, os tecidos têm diversas utilidades: para colcha,
para camisa de homem, para vestido de mulher, roupas de criança, roupas de
cama.
Tingem
os tecidos com tintas corantes originárias de certas plantas , barro, ferrugem,
conseguindo as cores: vermelha, azul, preta, marrom e outras.
As
técnicas tradicionais deste artesanato estão se revitalizando, graças ao
turismo e á educação do povo, que passou a valorizar a tradição.
Brasil- Histórias , costumes e lendas.
Pesquisa e texto de Alceu Maynard
Araújo.