segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

TEXTO COMPLEMENTAR




Na mitologia grega, Aracne (jovem lídia) quis medir-se na arte da tecelagem com Atena, deusa da Razão superior e mestra da tecelagem. Todos os deuses compareceram, e o  concurso começou. Atena bordou as doze divindades do Olimpo em sua majestade e, nos quatro cantos da obra, evocou os castigos nos quais incorrem os mortais que ousam desafiá-las. Não se importando com essa advertência, Aracne representou seu bordado os amores dos deuses pelos mortais. Ultrjada, Atena bateu na jovem com uma naveta.  Desesperada, Aracne quis enforcar-se, mas Atena a impediu e a metamorfoseou em aranha, a qual, desde então, não cessará de balançar-se na ponta de seu fio. Ela é assim símbolo da queda do ser, da ambição demiúrgica punida e, portanto, uma advertência : ninguém pode rivalizar com os deuses.
                                                                                  Jean-Paul Ronecker

Glossário
lídia: natural ou habitante da Lídia ( Ásia Menor).
naveta: lançadeira de certas máquinas de costura ou de tear, de feitio semelhante ao de pequeno barco.

demiúrgica: relativo a demiurgo; deus supremo que criou o mundo. Denomina também os deuses inferiores, criadores dos seres mortais.



  

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